segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Avô conta outra vez", de José Jorge Letria e André Letria, premiado no Brasil


"Avô, conta outra vez", editado no Brasil em 2010 pela editora Peirópolis, foi eleito o melhor livro infantil em língua portuguesa, revelou a fundação.

 

   Com um formato extenso e ilustrações que ocupam páginas duplas e destacam elementos centrais do texto, este álbum nasce dos laços afectivos entre um avô e um neto. Em quadras rimadas e num discurso fortemente metafórico e, até, simbólico, surgem poetizadas as vivências entre um avô, que é um contador de histórias e um companheiro de brincadeiras, por exemplo, e um neto, que cresce de dia para dia.
  O livro para a infância "Avô, conta outra vez", com rimas de José Jorge Letria ilustradas por André Letria, foi eleito no Brasil o melhor em língua portuguesa para os mais novos. Todos os anos a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil atribui prémios aos melhores livros para a infância e juventude em diversas categorias (melhor livro de poesia, informativo, livro-brinquedo, melhor tradução, entre outros).
 
Este livro está disponível na nossa biblioteca. É uma honra para nós este reconhecimento, além-fronteiras, da literatura portuguesa.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Prémio da Latinidade 2011

Prémio da Latinidade 2011 atribuído a Lídia Jorge

A escritora Lídia Jorge foi distinguida, por unanimidade, com o Prémio da Latinidade “João Neves da Fontoura” 2011, revelou hoje à agência Lusa fonte da União Latina, entidade responsável pelo galardão. Presidido pelo ensaísta Eduardo Lourenço, o júri da edição do galardão deste ano decidiu atribuí-lo a Lídia Jorge “pela consagração da sua obra como escritora que muito tem contribuído para o enriquecimento do património cultural e literário do Portugal contemporâneo”. Com este Prémio criado em 2002, a União Latina visa homenagear uma personalidade ou instituição que se tenha distinguido, pela sua obra, na difusão da Latinidade, nos domínios artístico, literário ou científico.

terça-feira, 3 de maio de 2011

José Rodrigues Miguéis

BIOGRAFIA
Nome: José Rodrigues Miguéis

Nascimento: 9-11-1901, Lisboa

Morte: 27-10-1980, Nova Iorque

 
 
 
Romancista, novelista, contista, dramaturgo, desenhador, cronista, licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, em 1924, e, como bolseiro da Junta de Educação Nacional, obteve uma pós-graduação em Ciências Pedagógicas, na Universidade de Bruxelas, em 1933. Ligado ao grupo literário da Seara Nova, colaborou em periódicos como Alma Nova, O Diabo e Revista de Portugal, e dirigiu, com Bento de Jesus Caraça, o semanário Globo, apreendido em 1932. Professor do ensino secundário e secretário da Liga Propulsora da Instrução, distinguiu-se pelos seus dons de orador, pedagogo, ideólogo. Em 1930, rompeu com a Seara Nova, depois da publicação de artigos onde defendia que os intelectuais têm o dever de passar das afirmações doutrinais à ação, cabendo-lhes, numa perspetiva marxista, um papel de condução e de comunhão com as massas populares organizadas, até ser atingido, por todos os meios, o fim da renovação nacional. Em 1932, publicou a sua obra de estreia, Páscoa Feliz, à qual foi atribuído o Prémio Casa da Imprensa, nitidamente impregnada pela grande admiração que nutria por Raul Brandão, nesses anos de definição literária e ideológica. Impedido de lecionar e de publicar em jornais portugueses, progressivamente coartado nas suas possibilidades de atuação, à medida que a ditadura instituída em 1926 afinava os seus instrumentos de repressão, expatriou-se nos Estados Unidos, não deixando contudo de colaborar com a imprensa portuguesa e espanhola e de revisitar Portugal. Nos Estados Unidos, foi editor assistente das Seleções do Reader's Digest, tradutor e professor universitário. Nomeado membro efetivo da Hispanic Society of America, correspondente da Academia de Ciências de Lisboa, e agraciado, em 1979, com a Ordem Militar de Santiago de Espada, no grau de Grande Oficial. Na Bélgica, nos Estados Unidos, no Brasil, cenários do itinerário pessoal, a experiência do exílio impõe-se como uma das marcas da ficção de José Rodrigues Miguéis. Parte da sua obra encontra-se traduzida em inglês, italiano, alemão, polaco, checo e russo.