segunda-feira, 12 de abril de 2010
Alice Vieira escreve sobre adolescência e o mundo do teatro num romance para jovens
Meia hora para mudar a minha vida, o romance que Alice Vieira lança hoje em Lisboa, é sobre a adolescência, a fase em que a protagonista pode decidir o que fazer com a vida que tem pela frente
A trama é protagonizada por Branca, uma rapariga de 16 anos que «nasceu num palco e toda a história gira à volta da vida no meio de um grupo de teatro de amadores. Tudo tem a ver com teatro», disse a escritora.
Alice Vieira escolheu para título uma frase de uma canção de Adriana Calcanhotto, porque está muito relacionada com a vida da protagonista da história.
«Basta cinco minutos para mudar a vida das pessoas. A cantiga é muito referida ao longo do romance», disse a escritora.
Sendo um livro para um público juvenil, da idade da Branca, esta é uma história que aborda ainda a adolescência, a fase de mudança numa idade em que se questiona e problematiza a vida.
«Nós é que escolhemos e fazemos o destino. É um pouco a febre de uma determinada época para entrar noutra. É fundamental ter a ideia do que é que pode ser o nosso destino. Temos a vida toda à nossa frente e é saber o que é que vamos fazer dela», explicou Alice Vieira.
O livro é apresentado hoje na Academia de Santo Amaro, em Lisboa, pelo actor Virgílio Castelo, num ambiente de artes de palco que não foi escolhido ao acaso.
Esta é a primeira vez que Alice Vieira coloca uma personagem no teatro, porque Branca nasceu «no meio de uma enorme salva de palmas», como refere a sinopse.
«Conheço muito bem o meio do teatro, não foi preciso fazer pesquisa nenhuma a não ser em coisas muito pontuais, porque sou muito rigorosa», adiantou a escritora.
Com trinta anos de vida literária, Alice Vieira é uma das mais acarinhadas escritoras para crianças e jovens, e a sua obra estende-se também para o público adulto.
«Meia hora para mudar a minha vida» junta-se a mais de meia centena de títulos publicados, desde que saiu Rosa, Minha Irmã Rosa, em 1979.
As suas obras, grande parte acompanhadas por ilustrações portuguesas, nunca se ficam por uma edição e deram-lhe reconhecimento nacional e internacional.
Ao Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil juntam-se duas nomeações para o Prémio Hans Christian Andersen, o Nobel da literatura infantil, e as mais recentes nomeações para o prémio Astrid Lindgren Memorial.
Lusa / SOL
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